No Rio de Janeiro, Governo Federal intensifica ações para modernizar a logística da região em debate do PNL 2050

Plano que define o planejamento da infraestrutura para os próximos anos será finalizado em dezembro

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Governo Federal discute alternativas para melhorar a logística no Sudeste do país, no âmbito do PNL 2050. – Foto: Michel Corvello/MT

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Governo Federal discute alternativas para melhorar a logística no Sudeste do país, no âmbito do PNL 2050. – Foto: Michel Corvello/MT

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Governo Federal discute alternativas para melhorar a logística no Sudeste do país, no âmbito do PNL 2050. – Foto: Michel Corvello/MT

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Governo Federal discute alternativas para melhorar a logística no Sudeste do país, no âmbito do PNL 2050. – Foto: Michel Corvello/MT

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Governo Federal discute alternativas para melhorar a logística no Sudeste do país, no âmbito do PNL 2050. – Foto: Michel Corvello/MT

Impulsionado pelo intenso fluxo de turistas, mercadorias e pela produção industrial, o Rio de Janeiro é um dos principais centros econômicos do Sudeste. Com participação de quase 11% no PIB nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado ocupa posição estratégica para a logística e para a integração com outras regiões do país.

Diante desse cenário, o Governo Federal realizou, nesta quarta-feira (26), na capital fluminense, a nona edição da série “Logística no Brasil”, iniciativa que percorre o país para debater investimentos e diretrizes estratégicas para a infraestrutura de transportes. Durante o encontro, foram discutidos projetos para enfrentar desafios históricos, aumentar a eficiência dos modais e atender às demandas de uma economia cada vez mais dinâmica.

“Nos últimos anos, temos avançado bastante na carteira de concessões rodoviárias. Ontem mesmo lançamos o pacote de projetos para 2026. O PNL chega justamente para organizar esse conjunto de iniciativas, com um comitê que integra diferentes modais e garante um plano participativo, olhando para o futuro e não apenas para o passado”, afirmou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro.

A diretora de Infraestrutura de Transição Energética do BNDES, Luciana Costa, lembrou que o banco acompanha de perto essa agenda. “O Ministério não só tem realizado muitos leilões, como também atraiu novos players. Isso mostra que os projetos foram bem estruturados, que as matrizes de risco foram bem endereçadas e que existe confiança para voltar a investir, o que torna o ciclo sustentável”, destacou.

Infraestrutura mais moderna

Os investimentos federais em infraestrutura no Rio de Janeiro têm crescido de forma consistente. Em outubro, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou o contrato de concessão da BR-040/495/RJ/MG, rodovia histórica que liga Juiz de Fora (MG) à capital fluminense, atendendo diariamente mais de 49 mil motoristas. 

Em novembro, a BR-101/RJ, conhecida como Autopista Fluminense, entrou em nova fase com a otimização do contrato, que moderniza 322 quilômetros da estrada, desde a divisa com o Espírito Santo até a Ponte Presidente Costa e Silva, em Niterói. 

“A nova fase da BR-101 vai resolver problemas históricos, como o congestionamento de Manilha. Também avançamos na subida da serra da BR-040, um gargalo antigo na ligação com Belo Horizonte. O túnel finalmente foi licitado, um trabalho fundamental do ministro Renan, e a nova concessionária já está atuando para entregar essa solução o mais rápido possível”, ressaltou o presidente da Infra S.A., Jorge Bastos.

Quem trafega pelo estado já percebe os impactos das melhorias. De acordo com o Índice de Condição da Manutenção (ICM) 2024, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), 90% das rodovias do estado estão classificadas como boas, desempenho acima da média nacional.

Para o diretor-executivo e presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan, Mauro Ribeiro, o fortalecimento da infraestrutura é determinante para atrair investimentos. “Qualquer industrial vai procurar, em primeiro lugar, as condições de infraestrutura para poder investir. Se não houver essas condições, ele não vai investir ali; vai para outro lugar. Então, o nosso papel é fomentar a infraestrutura para que a indústria se sinta atraída e venha para cá. E isso está acontecendo. Está melhorando e vai evoluir muito mais”, declarou.

Intermodalidade

Além dos projetos rodoviários, o Ministério dos Transportes também acelera a agenda ferroviária. A Política Nacional de Outorgas Ferroviárias, lançada na última terça-feira (25), estabelece diretrizes de planejamento, governança, sustentabilidade e um novo modelo de funding, que combina recursos públicos e privados.

A carteira para 2026 prevê oito leilões, que somam mais de 9 mil quilômetros de ferrovias e devem atrair cerca de R$ 140 bilhões em investimentos, com potencial de injetar R$ 600 bilhões no sistema ferroviário ao longo dos próximos anos.

“Nós estamos vivendo um ciclo histórico de investimentos em infraestrutura. E essa expansão do setor ferroviário é parte de uma estratégia de desenvolvimento nacional que necessariamente vai acompanhar toda a modernização do setor rodoviário. Então, a intermodalidade faz parte da nossa estratégia, está no PNL”, explicou o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.

Entre os projetos estruturantes está a EF-118, o Anel Ferroviário do Sudeste, que conectará o Espírito Santo ao Rio de Janeiro e ampliará o escoamento de cargas para o mercado internacional.

“O Anel Ferroviário do Sudeste, a EF-118, será a primeira concessão greenfield no nosso país. E nós vamos construir uma ferrovia sem a necessidade de fazer primeiramente uma obra pública para depois conceder. Lançaremos uma concessão em que o setor privado trabalhará com o governo na construção da ferrovia, com participação pública por meio da transferência de recursos, garantindo que o projeto saia do papel”, finalizou o secretário.

PNL percorrendo o Brasil

O PNL 2050 está em fase de diagnóstico e é construído em parceria com o governo, o setor produtivo e representantes da sociedade civil. O objetivo é identificar os desafios da logística no país, reduzir desigualdades regionais e tornar a matriz de transportes mais eficiente, integrada e sustentável.

Os debates já passaram por Brasília, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte. Até o final de 2025, mais uma capital receberá a série de encontros “Logística no Brasil”. A participação da sociedade tem sido fundamental para que o planejamento reflita as necessidades de cada região.

O plano integra o Planejamento Integrado de Transportes (PIT), instituído pelo Decreto nº 12.022/2024, que organiza os esforços estratégicos e operacionais do setor, garantindo decisões coordenadas e eficientes.

Fonte: Ministério dos Transportes 

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