PRÊMIO PARA TRANSPORTE AUMENTA 30%

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A vertiginosa escalada de roubos de cargas nos últimos anos alterou a relação entre as seguradoras, embarcadores e transportadoras. Em razão do alto risco de determinadas cargas e das falhas dos planos de gerenciamento de risco (PGR), algumas das mais importantes companhias deixaram de operar no ramo transportes e as que permaneceram aumentaram o seu rigor nas exigências, provocando um aumento médio nos prêmios que pode chegar a 30%, principalmente nos trajetos que incluem as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A questão torna-se dramática em razão da obrigatoriedade legal dos embarcadores contratarem as modalidades de seguro transporte nacional e RCTR-C, que cobrem perdas e danos causados às mercadorias. Porém, a cobertura de roubo é opcional e é esta cláusula que tem encarecido as apólices. “Hoje, é comum consultarmos 15 seguradoras e recebermos apenas três ou quatro cotações. As companhias não querem participar dos riscos”, afirma Eduardo Michelin, diretor de seguro de transporte da corretora Willis Towers Watson, que conta com 250 clientes, 70% deles donos de cargas. Entre as seguradoras que abriram mão estão Liberty, Zurich e Generali. Em paralelo, houve uma consolidação do mercado – casos da compra da QBE pela Zurich e a aquisição da XL Group pela seguradora francesa AXA. Ambas as adquiridas atuavam no ramo de transportes. Com menos companhias no mercado, as que ficaram aumentaram o grau de exigência. “Se não for apresentado um plano de gerenciamento de riscos, não há seguro. E isso significa custo para o embarcador ou para o transportador, nunca para a seguradora”, diz Antenor Ambrosio, diretor técnico da Associação Brasileira de Gestão de Riscos (ABGR). De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios emitidos em 2017 nas modalidades obrigatórias transporte nacional e RCTR-C e no seguro facultativo RCF-DC (desvio de cargas) atingiram R$ R$ 2,4 bilhões ante R$ 2 bilhões no ano anterior. Os sinistros pagos no ano passado foram de R$ 1,4 bilhão com sinistralidade (relação entre sinistros e prêmios) de 0,66; em 2016, os números foram de R$ 1,4 bilhão e 0,71, respectivamente. As principais companhias são multinacionais, como Sompo, Chubb, Allianz e Tokio Marine. Segundo Alfredo Chaia, diretor da International Risk Veritas, o aumento no volume de prêmios não representou aquecimento, e sim correção dos índices de sinistralidade e aperto das seguradoras nas apólices. “As perdas corroem a rentabilidade das seguradoras e os custos de reembarque afetam a imagem dos embarcadores e transportadores”, diz, lembrando que as seguradoras estão fazendo auditorias nas empresas de monitoramento remoto para checar falhas na fiscalização. “Se comprovadas, não pagam a indenização”. Entre as exigências mais comuns nos PGRs, estão o monitoramento por satélite, com controle de travas, rastreador principal e secundário, definição prévia dos pontos de parada, horários restritos de circulação, iscas escondidas no meio da carga e presença de escolta armada. “Para fechar uma apólice, é preciso cada vez mais medir ajustar o gerenciamento de risco e estabelecer uma tabela de co-participação nos sinistros”, diz Sergio Caron, líder da prática de transportes da corretora Marsh.

As seguradoras admitem as medidas de precaução. “A princípio, não excluímos apólices, mas algumas necessitam de proteção adicional, como celulares e eletrônicos”, diz José Severiano de Almeida Neto, diretor adjunto de transportes da HDI Global. Além das medidas de monitoramento, a companhia sugere diluir os tipos de mercadorias em cada viagem e não carregar valores altos no mesmo caminhão.

Fonte: Valor Econômico

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