Governo define projetos que entram no Avançar

Governo define projetos que entram no Avançar

Governo define projetos que entram no Avançar

Notícias

Tentando encontrar desesperadamente uma agenda de notícias para contrabalançar a crise política, o governo já montou sua lista praticamente definitiva da carteira de obras e ações incluídas no Projeto Avançar. As iniciativas vão resultar em um dispêndio de R$ 56,6 bilhões, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), até dezembro de 2018.

Uma penúltima reunião entre ministros e técnicos da área de infraestrutura ocorreu ontem, no Palácio do Planalto, para amarrar os detalhes do Avançar. O lançamento chegou a ser planejado para esta semana, mas os trabalhos não ficaram prontos a tempo. Ainda falta bater o martelo com o presidente Michel Temer.

Visto como sucessor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado nas gestões petistas, o Avançar não tem nenhuma obra nova. O objetivo é garantir, em um cenário de restrições orçamentárias, previsibilidade a liberação de recursos para a conclusão dos empreendimentos selecionados – ou pelo menos uma etapa dos projetos.

“É um esboço de retomada que o governo faz de obras paralisadas para encerrar definitivamente a cultura de desperdício, fruto de demagogia, sem que isso signifique ameaça ao esforço fiscal em andamento”, afirmou ao Valor o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), que coordena os preparativos.

Curiosamente, o programa será lançado em um ambiente de contração dos investimentos do governo federal, por conta das dificuldades fiscais. Ou seja, a iniciativa já nasce com uma dificuldade séria a driblar. De janeiro a abril deste ano, os investimentos tiveram queda de 60,3% ante igual período do ano passado, somando apenas R$ 8,2 bilhões.

São Paulo é, disparado, o Estado com maior volume de recursos previstos até o momento: R$ 5,01 bilhões. A Bahia aparecia em segundo lugar, com R$ 3,26 bilhões até dezembro de 2018, com Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul empatados na terceira posição: R$ 2,07 bilhões cada um.

O Valor teve acesso a uma lista de empreendimentos incluídos no Avançar. Entre eles estão a nova ponte sobre o rio Guaíba (RS) e as ações de revitalização do rio São Francisco. No Rio de Janeiro, a ampliação do VLT na área central e portuária vai receber aportes de R$ 117,8 milhões até o fim do ano que vem. A duplicação de um trecho de 20,2 quilômetros da BR-493 no Estado, entre Manilha e Santa Guilhermina, contará com R$ 320 milhões. A dragagem do Porto do Rio ficará com R$ 164,2 milhões e a drenagem urbana na Bacia do Príncipe, beneficiando 60 mil famílias em Teresópolis, deverá ter outros R$ 20 milhões.

Em São Paulo, foram selecionados 613 projetos – 249, mais de um terço, são na área de educação (creches, pré-escolas, quadras poliesportivas). Obras de infraestrutura de transportes, como o trecho norte do Rodoanel (R$ 425,7 milhões até dezembro de 2018) e a dragagem de manutenção do Porto de Santos (R$ 394,3 milhões), também terão recursos assegurados. O mesmo acontecerá com obras de mobilidade como a extensão da Linha 9-Esmeralda da CPTM (R$ 500 milhões) e um conjunto de corredores de ônibus (R$ 238,7 milhões): em Guarulhos, em Rio Grande da Serra, Capão Redondo-Vila Sônia e Leste-Itaquera.

Outros projetos de destaque são a duplicação da BR-101 em Alagoas (R$ 599 milhões), a reforma e ampliação do terminal de passageiros de Rio Branco (R$ 20,2 milhões) e a pavimentação de 137 quilômetros da BR-242 no Tocantins (R$ 169,5 milhões).

O governo quer vender a ideia de que, com a iniciativa, serão gerados 1,2 milhão de postos de trabalho. O discurso político foca em um dos maiores problemas com o qual tem que lidar a atual gestão: o elevado nível de desemprego na economia brasileira.

Além do programa com recursos exclusivamente do OGU, o Avançar terá braços específicos em cada pasta, que podem incluir outras fontes de financiamento. É o caso do Avançar Cidades, com verbas do FGTS, ou o Avançar Energia, que englobará investimentos de estatais como a Petrobras e a Eletrobras. Mas essas vertentes estarão separadas.

O volume total de investimentos previstos até o próximo ano é de R$ 56,6 bilhões, sendo R$ 12,8 bilhões em “políticas sociais”, R$ 31,9 bilhões em infraestrutura e R$ 12 bilhões na área de defesa.

Dentro do Ministério das Cidades, o carro-chefe segue sendo os investimentos no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com gastos de R$ 10 bilhões.
Fonte: Valor Econômico

Posts Relacionados

ANUT faz reunião com VALE/VLI

26/05/2023

Notícias

ANUT faz reunião com VALE/VLI

Executivos ANUT e diversos associados fizeram hoje (26/maio) reunião com a VALE sobre Estrada de Ferro Vitória a Minas.

Saiba mais
ANUT realiza reunião com DNIT

25/05/2023

Notícias

ANUT realiza reunião com DNIT

Foi realizada hoje (25/maio) reunião com DNIT para tratar da BR 381/MG, dado o precário estado geral da via e a proximidade do próximo período de chuvas.

Saiba mais
ANUT realiza 6ª reunião do GT Painel Logístico

25/05/2023

Notícias

ANUT realiza 6ª reunião do GT Painel Logístico

Foi realizada no último 23/maio, a 6ª reunião do GT Painel Logístico, com participação de 20 associados representando 11 associados. A próxima reunião do Grupo está agendada para 20/junho.

Saiba mais