Para garantir pedágio baixo em leilões de rodovias, União poderá pagar parte das obras de concessões
Notícias
Governo prepara um novo modelo para estimular investimentos privados em estradas, aproveitando maior espaço para investimentos públicos que será consolidado pelo novo arcabouço fiscal
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/h/x/PTZGfbTGaZhLwc4OQJpw/102580927-primeiro-pedagio-sem-cancelas-do-pais-comeca-hoje-na-rio-santos-motoristas-que-nao-pag.jpg)
Rodovia Rio-Santos, concedida em 2021, testa pedágios sem cabines, que o governo atual quer estimular parra baixar tarifas Domingos Peixoto/Agência O Globo
O governo Lula prepara um novo modelo para estimular concessões de rodovias federais, numa tentativa de destravar investimentos privados em infraestrutura no país. O Ministério dos Transportes ganhou do presidente a missão de garantir tarifas mais baixas aos usuários em novas concessões e, por isso, estuda uma série de novidades para os próximos leilões.
- Governo Lula quer leiloar 10 rodovias em 2 anos, mais que em toda a gestão de Bolsonaro
- Petrobras: Preço da gasolina já começa a cair nos postos de combustíveis após anúncio de nova política da estatal. Veja
Uma das saídas planejadas é injetar recursos públicos nos contratos de concessão, ajudando empresas vencedoras dos leilões a fechar as contas para garantir obras específicas dos projetos, como túneis e infraestruturas com alto risco financeiro associado. O governo também quer estimular inovações, como cobrança eletrônica de pedágio, sem cabines e cancelas.
O plano será apresentado em junho, juntamente com uma carteira de cerca de 20 rodovias do país a serem leiloadas até 2026 — o número exato ainda não está fechado, porque depende de estudos técnicos. Esse pipeline é capaz de levantar R$ 200 bilhões em investimentos, estimou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, ao GLOBO.
O BNDES fará parte do processo, facilitando o financiamento dos projetos, que teriam parte da conta paga pela União. O governo espera consolidar, com o novo arcabouço fiscal, um espaço para ampliar investimentos públicos em infraestrutura.
Fonte: O Globo